‘Campanha bizarra, cruel e divisiva’, avalia especialista americano
Presidente emérito do Inter-American Dialogue, Peter Hakim diz que maioria republicana sabe que Hillary é provável vencedora.
Um dia após a invasão do Capitólio que representou uma ameaça direta à democracia dos Estados Unidos, Michael Shifter, presidente do Diálogo Interamericano, Brian Winter, editor-chefe do Americas Quarterly e vice-presidente de políticas da Americas Society/Council of the Americas, e Jason Marczak, diretor do Adrienne Arsht Latin America Center do Atlantic Council conversaram com Henrique Gomes Batista, reporter do O Globo sobre a fragilidade democrática e os riscos que estes eventos significam para a democracia mais tradicional do mundo.
Os anos Trump revelam a fragilidade da democracia nos EUA. Mas também destacam alguns pontos fortes do país. Primeiro, os tribunais. Sem um fragmento de prova, os tribunais em todos os níveis, até mesmo a Suprema Corte, rejeitaram as alegações de fraude. Em segundo lugar, funcionarios nos níveis municipal e estadual, republicanos e democratas. Eles foram verdadeiros heróis neste drama, resistiram a todas as manobras de Trump e aderiram admiravelmente às regras e à lei.
Essa subordinação da tradicional legenda aos desvarios de Trump tem uma razão simples, porém igualmente imperdoável: Trump dominou o Partido Republicano e os membros do Congreso têm medo de desafiá-lo, preocupados em serem derrotados por candidatos pró-Trump nas eleições. Poucos foram críticos como Mitt Romney, senador do estado de Utah, que teve coragem e disposição para enfrentar o presidente.
A ordem democrática é frequentemente mais frágil do que pensamos. São necessários esforços constantes para construir e sustentar sistemas democráticos. Um judiciario independente e competente é vital para as democracias. Outra lição é que os exemplos de dinamismo e eficacia democráticos muitas vezes podem ser encontrados em nível local.
Presidente emérito do Inter-American Dialogue, Peter Hakim diz que maioria republicana sabe que Hillary é provável vencedora.
Michael Shifter fue entrevistado por Gerardo Torres de El Salvador sobre los temas más destacados en la agenda regional. Entre otros asuntos, Shifter habló sobre el futuro de la paz en Colombia, la crisis política y económica en Venezuela, y el impacto de las elecciones de Estados Unidos en la región.
¿Debe México hacer campaña en Estados Unidos para que conciudadanos se registren y voten, y otra para resaltar los beneficios del TLCAN? ¿Es momento de pensar en cómo recibiremos a millones de deportados, hay que dar la pelea en tribunales internacionales de derechos humanos? ¿Llegó la hora de preparar represalias comerciales contra Estados Unidos y considerar nuevos socios en AL, Europa y Asia? Son muchas preguntas, y variadas y hasta opuestas las respuestas que dan diplomáticos, politólogos y analistas. Sólo una sola cosa es cierta: Trump es impredecible.